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Ás vésperas das eleições, Dilma pretende aprovar cotas para negros em concursos. Coincidência?

Fonte: O Dia. Comentários: Franz Lima.

Rio - O Senado Federal aprovou ontem, por votação simbólica, o projeto de lei de iniciativa do Poder Executivo que reserva aos candidatos negros e pardos 20% das vagas nos concursos públicos federais. Agora o projeto segue para a sanção da presidenta Dilma Rousseff. Quando isso ocorrer, vira lei e durante sua vigência, por 10 anos, os editais de concursos terão de aplicar a regra.

A medida vale para os certames com mais de três vagas realizados pelos órgãos da administração pública federal, das autarquias, das fundações, e das empresas públicas e sociedades de economia mista controladas pela União.

A proposta foi enviada ao Congresso em novembro do ano passado e aprovada sem mudanças pela Câmara dos Deputados, em março. Durante os dois meses de tramitação no Senado, apenas uma emenda foi apresentada.

No entanto, a mudança foi rejeitada tanto na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) quanto na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Franz diz: enquanto isso, o Governo não se esforça para aprimorar a política educacional. Cotas não são uma forma de justiça, mas uma confirmação de que a incompetência da nossa educação abre brechas para ações como essa. Concursos - quando sérios - são destinados a 'filtrar' os mais preparados daqueles que não estão aptos a ingressar em determinada função. Obviamente, os inaptos são, via de regra, os que receberam uma educação deficitária. 
A fórmula é bem simples. Na dúvida, basta olhar o exemplo da China que, competentemente, alçou-se à elite mundial com uma educação forte, comprometida com a excelência e voltada, principalmente, ao ensino fundamental. Com base, qualquer estudante cresce intelectuamente muito mais rápido e com menos dificuldades.
Já faz muito tempo que o governo brasileiro (Federal, Estadual e Municipal) usa as cotas, bolsas e outros benefícios para ganhar a 'simpatia' das classes menos favorecidas. Verdadeiramente, os prejudicados por anos de abandono precisam de apoio, mas essa segregação disfarçada de benefício não é a solução. 
Os negros não podem ser uma classe diferenciada em um país multirracial como o nosso. O que farão com os brancos pobres que não têm o benefício da cota? E quando começar o pedido de auxílio por parte dos que constantemente migram para nosso país? Serão também "cotados"? E como procederão os que foram inclusos em cotas, porém não estão preparados corretamente para ingressar nos cargos? Você confiaria sua vida a alguém que está em uma função vital para o país, apenas por ter a cor da pele diferente?
Todos devem ter as mesmas chances em provas. Segregar ou beneficiar um grupo não é solução, porém certamente irá atrair novos votos.
Justiça seja feita: a Presidente está realmente arrumando a cama para permanecer deitada, não eternamente, mas por mais quatro anos em berço esplêndido. 
 

  

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