Fonte: Estadão. Comentários: Franz Lima.
SÃO PAULO - O secretário municipal dos Transportes de São Paulo, Jilmar Tatto, afirmou nesta sexta-feira, 22, em evento no Centro Educacional Unificado (CEU) Jaguaré, na zona oeste da capital paulista, que o usuário do transporte coletivo vai poder recarregar o Bilhete Único por meio de um chip no relógio. O próprio secretário usava um relógio com o chip no evento. O modelo pertence à empresa Rede Ponto Certo, uma das gerenciadoras das recargas do Bilhete Único.
"Estamos em fase de testes. O chip vai ter o preço de um relógio comum", afirmou Tatto, que, no entanto, não deu um prazo para que o mecanismo comece a ser comercializado, nem o seu custo.
Em julho, um relógio desse tipo foi testado pela Rede Ponto Certo no sistema de transporte público no Recife, em Pernambuco, e em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. Na época, a empresa chegou a apresentar modelos desse relógio em um evento na cidade de São Paulo.
Batizado de Watch2pay (termo em inglês que pode ser traduzido como "relógio para pagar"), esse relógio paga a passagem com apenas um toque -- basta encostar o aparelho no validador, que, se houver crédito, a catraca se abre. A recarga funcionaria como a do Bilhete Único atualmente.
Celular. Além do relógio, a São Paulo Transporte (SPTrans), que gerencia o sistema de ônibus, já estuda a possibilidade de adotar uma tecnologia que permite o pagamento da tarifa do sistema de transporte coletivo por meio do telefone móvel do usuário. Ou seja, no futuro, para quitar a passagem, bastará erguer o celular e movimentá-lo perto do validador da catraca, sem precisar usar o cartão, como hoje. A informação foi revelada no começo do ano em reportagem do Estado.
A SPTrans também não divulgou uma data para essa ideia sair do papel.
Franz diz: a iniciativa é muito boa, porém ainda creio que seja não condizente com a violenta realidade das grandes metrópoles. Os relógios são muito chamativos e, dependendo do local onde esteja o passageiro, a possibilidade de se "perder" o relógio e a carga efetuada no chip de passagem é enorme.
A utilização de celular já é mais plausível, principalmente se levarmos em conta que isso é uma realidade no país (o uso do celular em qualquer lugar). Mas também esbarramos no problema dos assaltos e furtos.
Entretanto, outro fato que me preocupa, como morador do Rio de Janeiro, é a fragilidade dos pontos de recarga. Atualmente, o Rio conta com mais de mil pontos - segundo a Rede Ponto Certo. Boa parte desses pontos são bancas de jornais ou lojas que efetuam as recargas. As bancas não tem autonomia, visto que há um limite de recarga total para impedir que a arrecadação seja muito grande a ponto de atrair ladrões. As lojas, por sua vez, fecham cedo com receio da violência.
É preciso adotar as lotéricas - tal como feito em São Paulo - para que o cidadão tenha maior segurança. É preciso melhorar a segurança antes de inserir chips em celulares e relógios.
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