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Batman: qual a importância de cada um dos seis filmes que antecedem The Dark Knight Rises?

Você pode até não ser fã das versões anteriores às de Christopher Nolan para o Batman, porém não pode discordar de que sem elas, dificilmente chegaríamos ao soturno Batman interpretado por Christian Bale. Já ouvi opiniões das mais diversas, onde os fãs oscilam entre um intérprete e outro. Preferências à parte, o que não pode ser esquecido, inclusive em uma matéria como esta, é o passado e as contribuições das produções que antecederam a trilogia de Nolan, hoje uma referência de adaptação de quadrinhos para o cinema.

Batman (1989). 

Ainda me lembro do tumulto que este filme trouxe aos fãs de quadrinhos e cinema no mundo todo. A imagem do Batman ainda estava envolta na aura da série da década de 1960 e 1970, onde o excesso de humor e as cores extravagantes são criticadas até hoje. Fãs aguardaram ansiosos pela chegada desta franquia que, para a época, começou bem demais. 
Para que os mais novos tenham uma pequena noção do que foi, basta citar que o lançamento de Batman foi tão badalado quanto o de "Os Vingadores"... com um detalhe: não havia acesso à informação e também não tínhamos virais, teasers e todos os outros recursos que as grandes produtoras usam atualmente. Efeitos especiais simples, se comparados com os usados hoje, um enredo que envolvia o arquiinimigo do Morcego e um elenco de respeito (incluindo Jack Nicholson) deram mais crédito à obra. Acrescente ainda a direção de Tim Burton (que reincluiu o Homem-Morcego nas trevas) e eis um dos maiores sucessos de bilheteria, cultuado ainda hoje por muitos admiradores das histórias do detetive mascarado. Um clássico,  ainda que desprezado pelos mais radicais adoradores do Batman. 
Destaques: o grande destaque do filme está na contratação de Jack Nicholson para o papel do Coringa. Ator respeitado, muitos duvidavam da participação dele, mas além de interpretar, Nicholson destacou-se como o vilão insano e ganhou inúmeros elogios pelo papel. Pela primeira vez um nome é atribuído ao Coringa.
A direção de Tim Burton e sua visão única geraram uma Gotham City sombria, suja e intimidante. É em um dos becos desta cidade que Bruce Wayne tem seus pais assassinados. Futuramente, Bruce se depara com o matador de forma inusitada. 
Vick Vale é interpretado por Kim Basinger, um símbolo sexual na época, que dá vida à repórter que se torna primordial para o Batman. Robin, entretanto,  sequer é citado no filme.
Outra observação importante é a explicação para o surgimento do Coringa, baseada na HQ "A Piada Mortal" em parte. Muitas referências dos quadrinhos foram usadas, mas não agradaram fãs mais ardorosos em diversos pontos.


Batman, o Retorno (1992).

Com o sucesso do primeiro filme, nada mais evidente do que uma continuação. A dúvida estava em quem seria o vilão do filme. Com o tempo, decidiu-se que não seria o vilão, mas os vilões.
Novamente dirigido por Tim Burton, Batman - o retorno, ganhou uma atmosfera mais sombria que a de seu antecessor. Desta vez, Batman se envolveria com a política e dois inimigos inusitados: a Mulher-Gato e o Pinguim. 
O filme apresenta um empresário que vê no surgimento do deformado Pinguim uma oportunidade para ganhar as eleições para a prefeitura. Este empresário, Max Schreck (interpretado por Christopher Walken) é o responsável direto pelo surgimento da Mulher-Gato, a vilã desajustada mentalmente. Unindo-se ao Pinguim, ela busca vingança contra o homem que tentou matá-la e, para isso, evita a todo custo revelar sua identidade como a ex-secretária Selina Kyle. 
Com toques de loucura, claustrofobia, manobras políticas, manipulação, fetichismo, assassinato, abandono de crianças e a questão do desprezo por causa da aparência, este é o mais sinistro filme do Batman que antecede a trilogia de Chirstopher Nolan.
Destaques: a caracterização de Danny DeVito como o Pinguim levava horas, principalmente por causa da maquiagem pesada e os enchimentos. A roupa da vilã Mulher-Gato é feita com remendos de peças de couro, mostrando através de parábola que a mente da mulher estava quebrada irremediavelmente. A transformação de Selina (a recatada) para a Mulher-Gato (a dominadora) busca mostrar que há personalidades inertes que podem ser despertadas.
A relação entre Selina e Bruce Wayne flui tranquilamente, mas as versões mascaradas deles travam um confronto tenso e violento. Há morte e melancolia no final de Batman, o retorno.
Este foi o último filme de Michael Keaton como o Batman, principalmente por conta de seu pouco porte para o papel, alvo de muitas críticas por parte dos fãs.
Apesar da tecnologia não tão avançada, os efeitos e os cenários do filme ficaram bons.

 
Batman Forever (1995).
Esta é o terceiro filme da nova franquia do Batman. Agora, motivado por um visual mais familiar, a versão dark de Tim Burton é derrubada e em seu lugar entra um novo Cavaleiro das Trevas, inclusive com a mudança do ator que interpreta Bruce Wayne (Val Kilmer).
A direção desta nova versão ficou a cargo de Joel Schumacher que modificou o tom dos filmes anteriores para algo menos sombrio. Neste filme, além da mudança já citada na escalação de um novo ator para o papel do Morcego, novos vilões surgem para atormentar Gotham City. No papel de Duas-Caras (que nos filmes anteriores era negro) surge um Harvey Dent atormentado, interpretado por Tommy Lee Jones. Outro vilao da terceira edição é o Charada (Jim Carey) que é um funcionário com idéias ensandecidas da Wayne Enterprises que cria um dispositivo de controle mental.  Wayne não concorda com a aplicação das idéias de Edward Nygma que, insatisfeito com o desprezo do Empresário, acaba por tomar um refém para suas experiências. Ao final, mostrando uma certa dose de loucura, Nygma testa seu aparelho em si mesmo e acaba por se transformar no Charada.
O elemento romântico do filme ficou com Nicole Kidman, uma psicóloga que ajuda Dick Grayson a superar o trauma da morte de seus pais. Com o aval de Bruce, Dick vai morar na mansão do bilionário e acaba por descobrir que seu tutor é o Batman. 
A trama se desenvolve com várias artimanhas do Charada e do Duas-Caras que, motivados pela sede de destruição pelo Batman, unem forças. Ao final, o duelo entre os vilões e o Cavaleiro das Trevas,  agora auxiliado pelo Robin, é focado na dualidade tanto de Nygma quanto de Duas-Caras. A vaidade do Charada e a obsessão pelo número dois de Harvey são armas que a dupla dinâmica usa contra os vilões. 
Destaques: a interpretação de Carey como o Charada foi bastante criticada por causa do jeito caricato atribuído pelo ator ao personagem. Comparações com outros papéis anteriores feitos pelo ator foram inevitáveis. O Duas-Caras de Jones foi outra parte controversa. Apesar de ser mais sombrio que o Charada, Harvey teve uma caracterização bastante colorida, destoando do personagem dos quadrinhos, um homem dividido e obcecado pelo número 2. 
A nova Gotham de Schumacher já não tem o clima denso e escuro dos filmes de Tim Burton. Aliás, a partir deste filme, o visual dos uniformes,  vilões e da cidade ganham tons mais claros e coloridos, culminando na tragédia que seria a produção seguinte. Muitos fãs também viraram o rosto para o Robin e, o futuro,  provou que estavam certos.
Os pontos altos do filme dizem respeito à fidelidade aos quadrinhos em alguns pontos. Entre eles, posso citar a destruição do rosto de Harvey Dent durante o julgamento, a tendência de E. Nygma em entregar suas artimanhas através de charadas e a morte dos pais de Dick no circo.  Val Kilmer não convenceu plenamente como o Batman e isso refletiria no filme seguinte.



Batman e Robin (1997)
O fim de uma era. Este filme foi o maior fiasco em matéria de arrecadação e aceitação pelo público. Novamente dirigido por Joel Schumacher (mas sem a produção de Tim Burton), o quarto filme do Homem Morcego beirou a paródia. 
O roteiro mostra a dupla dinâmica combatendo uma nova ameça: Mr. Freeze, um cientista que sofreu um acidente durante uma tentativa de salvar sua esposa de uma doença incurável. Freeze passou a depender do traje criogênico para sobreviver e sua esposa foi confinada (congelada) em um esquife. As motivações de Victor Fries são até plausíveis, porém perdem credibilidade com o visual extremamente colorido que o diretor dá aos cenários e uniformes. 
Em paralelo a isso, em uma floresta tropical, Pamela Isley realiza experimentos com plantas, coordenada pelo Dr. Jason Woodrue, o homem responsável pela criação de Bane. Um acidente muda Pamela para a vilã Hera Venenosa que, junto com Bane, parte para Gotham em busca do responsável por financiar os trabalhos de Woodrue, o bilionario Bruce Wayne. 
O restante da trama se desenvolve com cenas de ação fracas, um enredo pífio e atuações caricatas ao extremo, pioradas por cenários multicoloridos. Os uniformes de Batman e Robin (inclua-se a Batmoça) foram os piores já vistos em um filme sobre o Morcego. A interpretação de George Clooney também ficou abaixo daquilo que era esperado e nem a presença de Uma Thurman (a Noiva de Kill Bill) ajuda a melhorar esta tragédia cinematográfica.
O fim do filme não convence e a cena onde Batman, Robin e a Batmoça correm em direção ao espectador encerram com chave de ouro (ou não) este ciclo das histórias do detetive de Gotham para alegria dos fãs que temiam um quinto filme ainda pior.
Destaques: a direção de Joel Schumacher foi uma das mais criticadas até hoje. O filme recebeu vários prêmios do gênero "pior filme" ou "pior ator" e não agradou em qualquer ponto aos fãs do Batman. Cenários e atuações que lembram a série da década de 1960 também ajudaram a afundar este filme que acabou por encerrar um ciclo de produções sobre o Cavaleiro das Trevas. Aliás, onde estavam os roteiristas que elaboraram esse filme? Com base em que arco de histórias eles colocaram Hera Venenosa, Bane e Woodrue em um mesmo lugar? Esse encontro e a total falta de inteligência de Bane não são condizentes com o que as HQ mostram, denotando uma absurda falta de respeito pelo leitor e fã do Batman. O visual "tutti-frutti", multicolorido, é outro absurdo, principalmente após a saga de Frank Miller (O Cavaleiro das Trevas Ressurge) que redefiniu o Morcego como alguém mais violento, meticuloso e preparado para os loucos e assassinos de Gotham City.

A lacuna que valeu a espera. A trilogia de Nolan

A retomada da saga do Batman, conforme os fãs queriam, demorou demais e ocorreu sob a direção de Christopher Nolan. Batman Begins, Batman the Dark Knight Returns e Batman The Dark Knight Rises são os filmes que marcaram época e adquriram o status de melhores filmes sobre o Cavaleiro de Gotham.
Christopher Nolan já havia dado indícios de que era um diretor competente através de produções como "Amnésia" e


Batman Begins (2005)
Este filme foi uma surpresa que agradou demais aos fãs do Batman. Após o fiasco de "Batman e Robin" e um espaço de 8 anos entre os filmes, os fãs receberam de braços abertos esta produção cinematográfica baseada na graphic novel "Batman: ano um" e  na série "Batman: o longo dia das bruxas".
O filme retrata a infância e o afastamento de Bruce Wayne da cidade de Gotham, após ter seus pais assassinados. O trauma levou o menino Bruce a jurar vingar seus pais e punir os bandidos que assolavam Gotham. Em um exílio que durou anos, Bruce aprende as principais técnicas de combate e se depara com o clã das Sombras, uma de suas principais fontes de conhecimento sobre combate. O futuro Morcego é obrigado a lutar com o líder do clã, Ra´s Al Ghul e este morre no combate. 
De volta a Gotham, auxiliado por seu mordomo Alfred e por seu CEO Lucius Fox, um gênio que cria o arsenal bélico e a armadura do Batman, Wayne se depara com uma realidade assolada pela máfia (representada por Carmine Falcone) e um psiquiatra que gerencia o Asilo Arkham, o doutor  Jonathan Crane.
Neste filme vemos o desenvolvimento da carreira de James Gordon, um sargento que irá se tornar fundamental na vida de Batman e também a criação do vínculo de Lucius Fox com Bruce Wayne. Outro fator interessante é a colaboração da máfia junto ao psiquiatra Jonathan Crane, responsável direto pelos presos do asilo Arkham. A trama se desenvolve até o combate final entre Batman e o arquiteto da libertação dos presos de Arkham e aquele que se revelaria como o principal inimigo no filme.
Destaques: a inclusão de Rachel Dowes (interpretada por Kate Holmes) como o par romântico de Bruce Wayne deu um toque mais suave à trama. Uma das grandes jogadas foi a reformulação do uniforme do Morcego, onde ainda há aspectos similares aos dois primeiros filmes da franquia anterior, com mudanças que o aproximaram mais da versão dos quadrinhos. O papel de Bruce Wayne ficou perfeito no ator Christian Bale, que conferiu credibilidade ao Cavaleiro das Trevas, ainda que críticas tenham surgido à voz rouca que ele conferiu ao personagem. 
Um detalhe importante foi a falta de mobilidade do ator no uniforme, um problema que foi visto nos quatro filmes anteriores. Este problema só seria solucionado na próxima produção, como veremos.
As inspirações visíveis deste filme são as HQ "Batman: ano um",  "Batman: o longo dia das bruxas" e histórias isoladas onde houve a presença de Ra´s Al Ghul e o Espantalho.



Batman - The Dark Knight (2008) - O marco...
O que dizer sobre este filme? Começar com o Oscar de melhor ator coadjuvante oferecido a Heath Ledger após sua morte já dá uma breve ideia sobre o quanto este filme é importante para a história do Homem Morcego.
A trama envolve o Batman e seu arquiinimigo, o Coringa. Desta vez, ao contrário de Batman (1988), a origem do vilão não é explicada ou, se preferirem, multiplas versões surgem, todas frutos da mente doentia do Coringa, já dando uma clara noção da loucura por trás do personagem.
O filme tem grandes cenas de ação e aborda uma crise no crime organizado. Após o surgimento do Batman, quase todas as facções criminosas caem, perdem credibilidade e o pior: dinheiro. Motivados por tantas perdas, os chefes criminosos se reúnem para combinar uma forma de localizar  e matar Batman, o responsável por tantas derrotas e humilhações. Mas eles não têm os recursos para essa missão e, impelidos pelo desespero, contratam o mais novo criminoso que também os confrontou: o Coringa.  
Unido a Harvey Dent, o aclamado Cavaleiro Branco, e seu aliado mais antigo James Gordon, Batman inicia uma busca infrutífera ao assassino, sem grandes resultados. Não há motivação por trás dos atos do Coringa, não há um passado a ser investigado e, para piorar, a razão e os sentimentos inexistem nos crimes do palhaço. A violência cresce em progressão geométrica e o terrorismo é usada como ferramenta de imposição do medo. Como deter a loucura?
Sem um ponto de apoio, Gordon, Batman e Dent são literalmente envolvidos pelo caos gerado pelo louco. A trama segue com uma grande carga emocional, cenas impactantes, violência extrema e uma mensagem: o ser humano é manipulável. O clímax do filme gera uma tensão enorme em que assiste, o que comprova a eficiência do diretor e do elenco.
Definitivamente, um marco na história dos filmes baseados em histórias em quadrinhos e, lógico, uma produção com a qualidade infinitamente superior a de muitos dos chamados "filmes sérios".
Destaques: a escolha do ator Heath Ledger para interpretar o vilão Coringa foi extremamente criticada. Sua participação no filme "O segredo de Brockeback Mountain" como um cowboy gay causou um desconforto enorme nos fãs do mais conhecido e amado antagonista do Morcego. Mas tudo se dissipou com a projeção do longa e seu sucesso mundial. Ledger, falecido pouco após a conclusão do filme, foi homenageado e aclamado em vários países por sua interpretação única do assassino de rosto mutilado. A barreira e as comparações com o Coringa de Jack Nicholson foram postas de lado e, hoje, é impossível imaginar o vilão sem associá-lo a Ledger.
Outro ponto forte deste filme e do primeiro, não citado acima, é a inclusão de um arsenal diferenciado para o Batman. O batmóvel e o batpod trazem à mente os veículos do Batman na saga de Frank Miller - O Cavaleiro das Trevas. Vale também ressaltar que a Gotham (antes algo quase fantasioso) se tornou uma verdadeira metrópole, onde a violência e os contrastes sociais são plausíveis. É nesse contexto que a máfia e maníacos se unem para provocar uma crise sem precedentes, o que me fez lembrar das sagas "Terremoto" e, logicamente, "Batman: ano um". 
Especial atenção para a quebra de um tabu: a armadura do Morcego deixou de ser um bloco único, onde o ator era obrigado a se mover como se estivesse com "torcicolo", algo muito próximo aos movimentos do Robocop. Neste segundo filme, Nolan teve a genial idéia de transformar o uniforme em uma espécie de armadura seccionada, fato que deu ao ator e dublês a mobilidade necessária para dar mais credibilidade ao Batman.

Resumindo, o que tivemos nesses seis filmes foi uma clara evolução do conceito e das tramas onde o Homem Morcego estaria envolvido. Desde o primeiro filme, dirigido por Tim Burton, já estávamos nos envolvendo com um universo mais realista, sujo e, em contrapartida, cercado pela esperança. O crime, a corrupção e a violência são realidades de toda e qualquer metrópole e, portanto, não poderia ser diferente em Gotham. Contudo, a presença de um justiceiro (no sentido mais amplo da palavra) guiado por um código de conduta irretocável, adquire um tom mais real com a evolução dos filmes. É fato que algumas dessas produções são dignas de esquecimento, porém não podemos negar que sem elas, talvez, não teríamos chegado ao auge, representado pela era Christopher Nolan. 
O terceiro filme já mostrou suas qualidades e é um sucesso estrondoso. Ele concluiu um trabalho inigualável que, ao contrário das expectativas, teve uma rota de ascensão, com um filme melhor que o outro. 
Em breve irei comentar o "Cavaleiro das Trevas Ressurge", o clímax de uma trama com início, meio e fim (e que fim).
 

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